Adega Tarraxa
R. Fornos de Arcos, 6, 5120-351 Sendim, Tabuaço
Tel.-254 536 164
Não fecha
Fica na localidade de Sendim, pertencente ao concelho de Tabuaço, ainda região vitivinícola do Douro, entre Lamego e S. João da Pesqueira. É lugar que parece perdido no monte, tal o sossego, embora de acesso fácil a partir da vila de Tabuaço. O espaço restaurativo teve alguns melhoramentos, mas continua a ser um lugar muito simples, e o proprietário, Alberto Tarraxa, não tem grandes pretensões que não sejam servir boa comida regional. A grande especialidade é a carne grelhada, desde sempre, de origem nacional. E com sentido de humor até se intitula o “engenheiro da picanha”! São duas salas, uma mais pequena para servir no dia a dia, a outra maior, muito utilizada ao fim-de-semana, quando ali convergem pessoas de todo o lado, em busca daquela comida genuína. Pelo bom tempo apresenta-se também uma simpática esplanada, aproveitando a sombra duma figueira. Gente simpática a acompanhar-nos durante a refeição, para que não falte nada, liderados pelo filho Tarraxa. Vem para a mesa uma enorme tábua com pão regional delicioso, dois tipos de queijo, presunto da perna e da pá e salpicão, com uma faca enorme, e somos nós que temos que cortar tudo, na quantidade e na forma que queremos, mesmo o pão.
Uma simpatia divertida, mas sempre foi assim. Na última visita optou-se por experimentar dois tipos de carne de vaca: picanha e alcatra, mais um pouco de porco bísaro, tudo grelhado no ponto em brasa de lenha. Mas antes disso, e depois das entradas, não resistimos a uma canja de vitela, assim mesmo, que não conheço outra. Feita com carne da aba, é deliciosa e aconchega o estômago. Mesmo com 36 graus centígrados de temperatura ambiente!! As carnes grelhadas são tenras e muito saborosas, como diz um amigo meu, carne a saber a carne!!
A companhia foi uma salada fresca bem temperada e um também tradicional arroz de feijão malandrinho, em quantidade exagerada, mas ali é mesmo assim. Simples mas muito bem confeccionado, come-se sem parar, com os da casa sempre a perguntar se queríamos mais alguma das carnes, talvez mais um pouco de picanha, ou da outra, uma delícia. Mas não, não podíamos mais, tal a abundância do que veio para a mesa. Comeram-se umas maçãs ali da região que estavam suculentas, deliciosas. Bebeu-se vinho tinto também da região que esteve mesmo muito bem e com o café veio uma curiosa garrafa empalhada, mais parecendo um pequeno garrafão, com o “cheirinho”. E “cheirou-se” mais que uma vez, tal a qualidade do conteúdo…
Ali á volta, ar puro e um sossego fantástico, nem apetece ir embora.