Em pleno centro de Melgaço, mesmo em frente á Câmara Municipal, está esta Adega do Sabino, um restaurante muito acolhedor, rústico mas muito confortável, a sala principal á face da rua e uma outra no piso inferior. A que se junta, assim que comece a fazer bom tempo, uma simpática esplanada. Muita luz natural e decoração simples, muitas fotografias, alguns objectos antigos e muitas garrafas de vinho, onde a presença dos Alvarinhos de Monção e Melgaço é soberana. Embora haja vinhos de muitas outras regiões do país, pois para além da comida, aqui considera-se, e muito bem, que o vinho é presença fundamental na mesa, ou não estivéssemos no Alto Minho. Tudo isto é obra do muito trabalho e bom gosto do casal proprietário do restaurante, a Odete e o Augusto Sabino, sempre disponíveis, sempre bem dispostos, sempre amáveis e de sorriso natural, a receber muito bem nesta casa de bem comer.
Para o Augusto Sabino, a divulgação dos grandes Alvarinhos desta sub-região de Monção e Melgaço é quase uma missão e o convite para uma passagem pelo Solar do Alvarinho de Melgaço é prática constante. A ementa do restaurante é composta por pratos de comida tradicional, com uma presença muito forte de bacalhau, cabrito assado no forno e nacos de carne de vaca Barrosã, bem trabalhados na brasa. Ali perto de Melgaço está Castro Laboreiro, onde se criam porcos da raça bísara, de cujas carnes se faz fumeiro e enchidos de excelência, e que nesta Adega do Sabino marcam presença constante.
Presunto bem fatiado e chouriço delicioso, grelhado e fatiado antes de vir para a mesa, na companhia duma broa de milho muito saborosa. E já se abre a primeira garrafa de Alvarinho, que é terra dele. Neste espaço de bem comer estão quase todos os grandes Alvarinhos de Monção e Melgaço. Da última vez a opção recaiu num Alvaianas que estava mutíssimo bom. Durante a refeição tivemos também a companhia da excelência da água de Melgaço, com gás natural.
Veio então o bacalhau frito com batata frita ás rodelas e cebolada farta, ainda com ovo cozido por cima e alguns enfeites. Por baixo estava carregado de azeite excelente, soube pela vida! Seguiu-se o cabritinho assado no forno, com batata assada e legumes salteados e, á parte, um arrozinho solto de cenoura.
Ainda houve coragem para provar uma posta de carne barrosã bem trabalhada na brasa, tenra e saborosa, na companhia de batata frita aos palitos irresistível. Continuou-se na companhia do Alvarinho, mas com a sobremesa, de doçaria variada, passou-se para o espumante de Alvarinho, cada vez melhores naquela região. Para ajudar a digestão, antes de dar um grande passeio a pé pela zona histórica de Melgaço, uma aguardente vínica de Alvarinho soube mesmo bem. Adega do Sabino, um lugar de referência, em Melgaço.