A Vinilourenço é um produtor do Douro Superior, com sede no Poço do Canto, uma freguesia do concelho da Meda. Com vinhas em vários locais, entre uvas brancas e tintas, com uma boa variedade de castas e algumas vinhas muito velhas, este produtor gosta de experimentar fazer vinhos inovadores mas também trabalhar algumas castas antigas que hoje em dia são muito pouco utilizadas. Os vinhos de que falo a seguir, são apenas alguns exemplos, de que gosto muito.
Dona Graça Rosé 2019
Bela cor rosada, translúcido. Nariz com muita frescura e um floral delicioso, de pétalas de rosa, cheio de elegância. Na boca é muito equilibrado, com notas muito suaves de frutos vermelhos, mas surpreende positivamente pela frescura aliada á óptima acidez. É um rosé seco, moderno, muito agradável, que vai bem com peixe frito e salada de tomate e pepino.
E ouve-se uma bossa nova de Tom Jobim.
PVP – 6,00€
D. Graça Branco Samarrinho 2017
Belo nariz de fruta branca, alguma fruta de caroço, muito envolvente. Óptima acidez, ligeira evolução, seco, levemente citrino, muito elegante. Uma casta pouco conhecida mas muito interessante, a proporcionar vinhos que ligam bem com comida. Como um bacalhau assado no forno, a boiar em azeite.
Ouve-se a música de Vivaldi.
Produziram-se apenas 670 garrafas
PVP – 13,00€
D. Graça Branco Donzelinho 2018
O denominador comum é a elegância, no nariz e na boca.
Nariz seco, a lembrar madeira seca e alguma fruta branca, algo exótico.
Na boca apresenta excelente acidez, com leves notas de frutos secos, já com alguma evolução, muito agradável. Inicialmente parecia ligeiro, mas vai tomando conta do palato, com óptimo volume de boca e muito bom final.
Uma casta interessantíssima, a ter em conta.
Por vezes parece um Alvarinho…
Para apreciar na companhia dum queijo de cabra amanteigado com amêndoas, enquanto se ouve a beleza e elegância duma sonata de Mozart.
PVP – 12,50€
D. Graça Donzelinho Branco 2017
Um ano excelente, a dar vinhos extraordinários. Este branco apresenta-se límpido e dum amarelo citrino apelativo.
Levemente fumado no nariz, notas de evolução que lhe transmitem alguma complexidade. É um vinho desafiante. Na boca tem óptima acidez e é muito fresco para um vinho do Douro Superior. Mas as vinhas estão a uma altitude de mais de 500 metros, o que pode explicar muita coisa. Ainda com bastante fruta branca, seco, um belo vinho com final de boca saboroso. Acompanha bem um arroz de robalo com amêijoas e coentros enquanto se abana a cabeça ao som ritmado da música do pianista Ahmad Jamal a tocar o clássico “One”.
Uma maravilha.
PVP – 13,00€
D. Graça Donzelinho Branco 2016
Nota-se no nariz a evolução, bem interessante, com notas fumadas, algo tostado, já com aquelas notas apetroladas tão agradáveis e com grande elegância.
Na boca surpreende a incrível acidez, ainda com alguma fruta branca, mas também notas leves de frutos secos. Um vinho exótico que ainda vai certamente evoluir e que indica o potencial da região para fazer grandes vinhos brancos.
Para apreciar, bem refrescado, na companhia dum salmão marinado com gotas de lima e alcaparras.
Ouve-se Jolie Môme a interpretar “C´est Ci Bon”, divertido e mesmo bom…
PVP – 15,00€