R. de Gil Vicente, 4800-151 Guimarães
Telefone: 253 552 267
Não fecha
Uma casa com grande tradição, instalações muito cuidadas e confortáveis, mesas muito bem postas, com todos os pertences para servir como deve ser uma cozinha tradicional de excelência.
O sr. Carlos Fernandes, proprietário, mais de 25 anos a dirigir a casa, é a imagem e a alma do restaurante, defensor acérrimo do que é tradicional e genuíno.
Clientela muita variada, com muitas presenças assíduas, alguns mesmo diariamente, desde pessoas sozinhas, até famílias inteiras, para todos há uma palavra, uma opinião, uma sugestão, uma piada. O serviço de mesa está a cargo de profissionais que seguem as pisadas do mestre, a começar pelo seu filho, uma simpatia. Só trabalham com produtos frescos e de fornecedores muito bem escolhidos, alguns deles a servir a casa há muitos anos. O peixe fresco vem da Póvoa de Varzim, o bacalhau é de qualidade superior, as carnes são escolhidas rigorosamente. Afazer as propostas do dia lá está o sr. Carlos, de linguagem vernácula, resposta pronta, sempre bom humor e boa disposição. Um ou outro palavrão não lhe fica mal, tal a naturalidade. Muito boa oferta de vinhos, de que é grande apreciador e conhecedor, costuma dizer que a carta de vinhos é ele próprio, pois gosta de aconselhar os vinhos aos clientes. Que normalmente aceitam e apreciam a qualidade do que bebem. A chefiar a cozinha e a comandar os temperos e assaduras está a D. Maria da Luz, mulher do sr. Carlos, a pessoa mais importante desta casa. Daquelas mãos saem os temperos do que vamos apreciar, autênticas obras de arte. Pão e broa óptimos para fazer companhia á sopa do dia, de legumes fartos e feijão branco, deliciosa. Ou umas papas de sarrabulho poderosas, fantásticas, que também fazem tradicionalmente companhia aos rojões. Mas já lá vamos.
Há sempre filetes de pescada fresca e filetes de polvo, muito tradicionais e populares em toda a região minhota. Aqui são soberbos. Os bacalhaus do Nora do Zé da Curva são famosos, e nos concursos em que entravam eram sempre os primeiros. O produto é de excelência, demolhado no ponto, sempre da mesma maneira. Depois é respeitar as receitas tradicionais com bom gosto. Não é preciso mais nada, os fogões e fornos fazem o resto. E vão directamente para a mesa, ainda a borbulhar, sobretudo o bacalhau assado no forno e o bacalhau com broa, deliciosos. Do forno também sai uma vitela assada fantástica, do bico da pá e da costela mendinha, com batatinha assada, na companhia de grelos e arroz branco soltinho. O mesmo acompanhamento para os rojões, da costelinha e da barriga, sangue salteado e tripinha enfarinhada, uma maravilha. Na companhia, que aqui é tradiciobal, das tais papas de sarrabulho. As tripas á portuguesa sao óptimas, muito bem temperadas, feijão branco cremosos, a desfazer-se na boca, mais um pouco de cominhos por cima e um piri-piri a sério, e estamos no céu! Ao domingo há cabrito assado no forno e cozido à portuguesa. Imaginem como é!!
Nas sobremesas a tradição da maçã assada e as norinhas, que são rabanadas feitas de pão bijou a que tiram a parte de fora, a côdea. Uma lambarice.
Ali está-se bem, mesmo muito bem, a apreciar grande comida tradicional e a beber mais um copo, a brindar com o sr. Carlos, sempre um prazer.
A história de Portugal, começou mesmo ali ao lado…