Recentemente a Vinhos Norte desceu a Lisboa, para apresentar á imprensa as suas mais recentes novidades. A prova e o simpático almoço aconteceram no bairro da Mouraria, na Taberna do Calhau, onde o alentejano Leopoldo Garcia Calhau preparou uma refeição para harmonizar com vinhos verdes. O espaço era uma antiga taberna que o chefe Leopoldo recuperou, juntando-lhe mobiliário e adereços que trouxe duma outra tasca do seu Alentejo, recriando um ambiente muito acolhedor e confortável, onde se petisca, se bebe um copo ou se faz uma refeição completa.
O chefe é um grande apreciador de bom vinho e gostou muito dos vinhos deste produtor de Fafe. As duas grandes novidades foram o primeiro engarrafamento do espumante Miogo em garrafas magnum e uma novidade absoluta, o primeiro vinho branco com a marca Miogo. Mas também se provaram alguns espumantes de anos atrasados, podendo verificar-se que conseguem envelhecer com muita qualidade, alguns mesmo uma boa surpresa: 2005, 2009 e 2011 e mesmo um 1999, já muito evoluído mas que se bebeu muito bem. Um amigo da casa, Agostinho Peixoto, proprietário da Espumanteria Portuguesa, em Braga, fez a apresentação dos espumantes. Uma empresa dinâmica, moderna, a levar a imagem dos modernos vinhos verdes pelo país e por vários países do mundo, onde se inclui, por exemplo, o Brasil e o Japão. Quem diria! Estiveram presentes as duas irmãs, Graciete e Vera Lima, que acompanharam a prova e a refeição prestando os necessários esclarecimentos aos jornalistas presentes. Lá dentro, na cozinha, o chefe Leopoldo e a sua equipa preparavam e enviavam para a nossa mesa petiscos deliciosos.
As principais harmonizações foram com o Miogo Escolha da Família de 2018, um vinho mesmo diferente, cheio de harmonia, elegante, com óptima acidez e frescura, mas ao mesmo tempo sóbrio. E que soube muito bem apreciar na companhia do bacalhau com couve-flor e romã e uma deliciosa e ao mesmo tempo surpreendente cabeça de borrego com ovo escalfado e azeite. Seguiu-se o espumante Miogo Branco 2017, que está belíssimo, com bolha muito fina e mousse intensa, limpíssimo, com uma acidez incrível mas muito elegante, seco, com notas de fruta e que apetece sempre beber mais um copo. Casou de forma impecável com a perna de pato confiada com beterraba e no final com o pudim da Joana. Claro que mesmo depois do pudim se bebeu mais um copo, fosse do vinho branco fosse do espumante. E saíram todos muito satisfeitos…