A segunda edição de um vinho que nasceu de um (feliz) acaso confirma a aposta de sucesso do produtor Quanta Terra no lançamento de vinhos brancos de idade.
18 de novembro de 2019 – Em 2011, Celso Pereira e Jorge Alves, os enólogos responsáveis pelo projeto Quanta Terra, resistiram à corrente que marcava a região do Douro e decidiram começar a reservar, todos os anos, nas suas melhores barricas, cerca de mil litros do vinho destinado à produção dos brancos da casa. Seis anos mais tarde, numa prova ocasional, redescobriram estes lotes e ficaram surpreendidos pela sua elevada qualidade, resultado de uma excelente evolução no tempo.
Depois do sucesso do primeiro lançamento no ano passado, colheita de 2011, chega agora ao mercado a edição especial Quanta Terra Golden Edition Branco 2012. Elaborado a partir de um blend das castas Gouveio (50%) e Dorinto, Donzelinho e Boal (50%), oriundas de vinhas plantadas no Planalto de Alijó, a cerca de 650 metros de altitude, em solos de transição entre xisto e granito, o grande segredo deste vinho está no paciente estágio a que foi submetido. Durante 6 anos, repousou em barricas usadas de carvalho francês, com capacidade para 228 litros.
O resultado é um vinho com personalidade própria, marcado pela complexidade de aromas e sabores ao primeiro contacto. Mineral e com uma frescura intensa, revela uma harmoniosa acidez e um final longo e cativante. Desenhado para resistir ao tempo, pode ser desde já consumido, recomendando-se a companhia de pratos de aves de capoeira ou queijos curados e de pasta mole.
O Quanta Terra Golden Edition Branco 2012 fica ainda marcado pela produção minúscula, que se traduz em apenas 2380 garrafas de 0,75L e 60 garrafas em formato Magnum disponibilizadas ao mercado com distribuição exclusiva da OnWine Nacional.

Quanta Terra Branco Golden Edition P.V.P.: 60€
Sobre Quanta Terra:
Os enólogos Jorge Alves e Celso Pereira, residentes na Região Demarcada do Douro, em parceria lançaram-se pelas encostas do Cima Corgo e do Douro Superior em demanda de solos e vinhas de eleição. Durante dois anos estudaram castas e porta-enxertos, altitudes e exposições ao sol. Quando se ficaram por duas propriedades com os parâmetros ótimos, fizeram micro-vinificações e decidiram-se por uma — a Quinta do Tralhão, no Douro Superior.
À cota média de 215 m, exposição sudoeste e uma área de aproximadamente 30 ha, a quinta tinha 12 ha de vinha com 20 anos, porém em estado generalizado de abandono. Estava o milénio no fim quando o Celso e o Jorge firmaram a sociedade Quanta Terra, Lda. Visionários com um projeto de elevado potencial, mas sem meios financeiros para se fazer ao Tralhão, os dois enólogos acertaram-se de intenções e, em 2001, foram propor uma quota a Mário Joaquim, antigo proprietário. O acordo foi o começo de uma época memorável.
Ao abrigo do Programa Comunitário 797, a Quinta do Tralhão viveu então a maior reestruturação de sempre — terreno sistematizado em patamares de dois bardos, enxertos R110 de castas selecionadas a partir de clones da Cockburn´s (Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Barroca, Tinta Roriz e Sousão).
Lançaram o vinho com o nome Quanta Terra, tendo este imediatamente obtido um consenso superlativo por parte da crítica. O mercado reconhecia e acrescentava mais uma referência no prestigiado universo dos vinhos portugueses, e o Quanta Terra respondia briosamente com um crescimento gradual da sua qualidade nas colheitas que se seguiram. Este prodigioso vinho do Douro obteve recentemente o reconhecimento exigente da crítica americana, com a classificação de 95 pontos (em 100).