Numa ruela de Lisboa perto da Almirante Reis, é uma pequena casa de bem comer despretenciosa a servir comida tradicional de grande qualidade. Foi crescendo o possível e é vulgar ter que esperar um bocado por mesa a partir da uma da tarde. Mas ninguém arreda pé, pois todos querem desfrutar das iguarias que ali servem.
Uma pequena esplanada com três mesas, quase sempre ocupadas e, à entrada, um escaparate de peixes e uma montra de carnes, à disposição do freguês. Um balcão corrido e, ao fundo, uma sala interior, também sempre a abarrotar. Mesas postas com simplicidade e serviço muito atencioso e simpático, com muitos clientes já habituais. Pão, broa, azeitonas, chamussas, rissóis e croquetes saborosos vêm para a mesa.
Há sempre sopa de legumes apaladada e uma grande variedade de peixe, do peixe miúdo – sardinhas, carapaus – ao peixe de maior porte – pescada, robalo, linguado, garoupa, sargo e outros. Que pode ser grelhado à posta ou mesmo cozido – as cabeças cozidas com todos são muito procuradas.
Há carne muito boa para bife, naquinhos de vitela grelhados com bacon e abacaxi e mesmo costeletão de excelente carne maturada, já com clientela certa. E, claro, há um soberbo cozido à portuguesa – que deu o nome à casa. Carnes de porco salgadas, carne de vaca, algum fumeiro e enchidos, batatas, cenouras e couves, mais arrozinho seco à parte, faz as delícias duma clientela que volta sempre. Duma carta de vinhos bastante completa, bebeu-se um Verdelho do Esporão de 2015, cheio de frescura, muito boa acidez, redondo e intenso, um vinho branco moderno.
Alguma doçaria e a tradição da maçã assada com canela fecharam uma refeição castiça na tradição lisboeta.
Nós voltamos sempre que podemos…