Desde que D. Adélia se retirou, é a sua filha Vanda que lhe segue as pisadas, ela que nasceu a ver a mãe amanhar produtos, fazer temperos e cozinhar como poucos. A Vanda comanda a cozinha e o seu marido Marco dirige a sala, normalmente sempre cheia.
Hoje a Taberna d’Adélia está mais moderna, mas mantém o ambiente castiço e aquele ar das tradições desta Nazaré que atrai cada vez mais gente. E em cujo areal ainda se mantém a tradição de secar peixe ao sol, que depois é consumido em casa ou vendido aos restaurantes que lhe dão bom uso. Como é o caso da Adélia. Mas já lá vamos. São várias salas que foram crescendo com o restaurante, bem decoradas com motivos do mar e da pesca, com mesas bem postas e um enorme escaparate com mariscos e peixes frescos, ali à nossa disposição. O serviço é muito profissional mas também de grande simpatia, sempre disponível para ajudar a escolher aquilo que vamos comer, pois a variedade é enorme e é tudo muito apetecível.
Ali são os produtos do mar que dominam, mas em várias confecções, do grelhado e cozido até às cataplanas, caldeiradas e arrozes. Não é fácil decidir! Vem para a mesa pão delicioso, azeitonas bem temperadas, um excelente paté de cavala e alguns petiscos saborosos, a começar pelo carapau seco com azeite e alho, mexilhões à Taberna ou umas deliciosas amêijoas à Bulhão Pato. E não falta a sopa de peixe como deve ser.
Nos mariscos, além dos vários mariscos da nossa costa só cozidos – camarão, percebas, sapateira, lagosta e lavagante – há açorda de camarão, moqueca de camarão, arroz de camarão e arroz de marisco assim como cataplana e massada de marisco. Para a grelha saltam os peixes que houver no dia, alguns na sua época, como a sardinha, mas também sargo, robalo, dourada, linguado e lulas. Nas confecções mais elaboradas são muito apreciadas a cataplana de peixe, a caldeirada, o arroz de tamboril e gambas, a massada ou o ensopado de robalo e o peixe galo frito com açorda. Há um prato, no entanto, que é uma tradição na Nazaré e que aqui é feito com carinho; o ensopado de robalo, embora possa ser feito com outro peixe gordo. O peixe é cozinhado como se fosse uma caldeirada, com cebola, tomate, pimento e ervas, mas sem batata. Com um pouco do caldo do peixe prepara-se massa de cotovelinho, que vem num tacho à parte. O peixe é então arranjado no prato e retiram-se para outro prato as espinhas e as peles, deixando apenas o peixe, por cima do qual se deita o caldo de massinhas, bem quente. É de comer e chorar por mais!
Nas sobremesas há leite creme e mousse de chocolate e várias outras guloseimas, todas feitas na casa. A garrafeira é muitíssimo completa, resultado do bom gosto do Marco, apreciador atento, com os vinhos bem armazenados e servidos à temperatura adequada.

Um local de referência, na Nazaré, esta Taberna d’Adélia.
Telefone: 262 552 134
Fecha à quarta-feira.